Professora Ana Garcia comenta a eleição de Lula para a imprensa nacional e internacional
Com o fim do período eleitoral brasileiro, a professora Ana Garcia, diretora do BRICS Policy Center, concedeu entrevistas e escreveu matérias para veículos nacionais e internacionais expondo suas perspectivas diante do novo governo Lula em áreas estratégicas.
Para o “IOL” e para o “Socialist Project”, a professora destacou a vitória de Lula como um momento de alívio e importante para a luta contra o fascismo no Brasil, mesmo que o fenômeno do “bolsonarismo” ainda coloque em risco a trajetória da esquerda brasileira e do presidente recém-eleito. Ana Garcia faz uma retrospectiva negativa do governo Bolsonaro, destacando, sobretudo, suas ações na pandemia que demonstraram negação à seriedade do coronavírus. Na política externa, as expectativas são de retorno à integração regional, considerando a importância dos valores indígenas e ambientais. Por fim, destaca que “o movimento fascista de Bolsonaro continuará atuante” e a necessidade de construir liderança popular dos eleitorados oprimidos, como negros, mulheres e indígenas.
Diante das missões diplomáticas que Lula enfrentará, a coordenadora do BRICS Policy Center afirmou para o “Carta Capital” que o Brasil precisa analisar a parceria com a China de forma cuidadosa para ter ganhos reais e para que o acordo não se torne desigual. Além disso, destacou preocupações que Biden pode vir a ter com aproximações entre Lula e Xi Jinping. No “Brasil de Fato”, a pesquisadora alega que “dificilmente a China abandonará a importação de commodities, já que o agronegócio brasileiro é o único capaz de produzir alimentos na escala demandada pelo mercado chinês”, indicando perspectivas para os BRICS com a vitória de Lula.