INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, muito se tem discutido sobre mudanças climáticas, aquecimento global e questões ambientais em geral. No âmbito da governança internacional, o Acordo de Paris, selado em 12 de dezembro de 2015 e em vigor desde 2016, é entendido como um marco conceitual, teórico e prático para abordar as mudanças climáticas e promover a transição energética.
Em relação à transição energética, o Acordo enfatiza a necessidade de promover o acesso universal à energia sustentável em países em desenvolvimento por meio da implantação aprimorada de fontes de energia renováveis.
Na América Latina, uma plataforma para financiar a transição energética é o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), uma instituição financeira multilateral cujo objetivo é contribuir para a aceleração dos processos econômicos e do desenvolvimento social na América Latina e no Caribe por meio do desenvolvimento individual e coletivo dos países membros (BID, 2019).
Além do BID, o BID Invest – uma corporação interamericana de investimentos e uma subsidiária independente do Grupo BID – investe em projetos privados de pequeno e médio porte, seja diretamente ou por meio de fundos de investimento de capital (BID, [n.d.] a), também desempenhando um papel na viabilização da transição.
Neste contexto, este informativo visa entender as principais características e particularidades dos projetos de energia do BID e do BID Invest, com o propósito de entender melhor o papel dessas instituições na transição energética nos países da região Pan-Amazônica (Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador e Peru).