Em 15 de agosto de 2024, comemoramos o cinquentenário do estabelecimento de relações diplomáticas entre a República Federativa do Brasil e a República Popular da China. Trata-se de momento oportuno para refletir sobre o caminho que já trilhamos e as perspectivas promissoras para os próximos cinquenta anos. Há cinco décadas, em Pequim, a data foi brindada com um cafezinho oferecido pelo chanceler brasileiro Antonio Francisco Azeredo da Silveira a seu homólogo chinês Qiao Guanhua. Uma foto da época segue à vista na Embaixada do Brasil naquele país.

Desde 1974, Brasil e China apresentaram notável desenvolvimento e fortaleceram seu lugar no mundo. Nesse período, o crescente protagonismo internacional da China tornou-se um dos fenômenos mais determinantes da história contemporânea. O país exibiu a maior transformação econômica do planeta e retirou da pobreza centenas de milhões de seus cidadãos. O Brasil, também, avançou muito desde então, nos planos político, econômico e social. O PIB per capita brasileiro quadruplicou e a taxa de extrema pobreza foi reduzida significativamente nas últimas quatro décadas.

Ao longo desse tempo, Brasil e China foram capazes de identificar crescentes convergências e ampliar espaços de cooperação, com base no respeito mútuo e em busca de resultados concretos, vantajosos para nossas sociedades. As relações sino-brasileiras tornaram-se estratégicas para ambas as partes.