Juventude, paz e segurança

Em especial na década de 1990, quando conceitos como “Segurança Humana”, “Novas Guerras” e “Responsabilidade de Proteger” se tornaram centrais, crianças e jovens emergem como um grupo particularmente vulnerável. Assim, representados essencialmente como objetos de proteção internacional, a possibilidade de pensar e lidar com as crianças e os jovens como agentes das relações políticas é ainda bastante marginalizada. Com o objetivo de explorar a relação entre infância/juventude, violência e produção da segurança, esta linha de pesquisa se propõe a ir além do foco na vitimização das crianças e dos jovens. Os estudos aqui propostos abordam questões sobre os direitos das crianças e seus limites, a militarização da infância e da juventude e participação de crianças e jovens em processos de paz, que emergem como aspectos críticos na reflexão tanto sobre a política internacional de proteção quanto sobre a produção da segurança e da paz. Especificamente, essa linha de pesquisa se concentra em três objetivos inter-relacionados: (i) estudar o desenvolvimento do regime internacional de direitos das crianças e a articulação da ideia de uma infância universal e seus múltiplos silêncios; (ii) investigar os processos de militarização da infância e da juventude; e (iv) analisar as iniciativas, desafios e dilemas relativos à inclusão de crianças e jovens em processos de paz.