Plataforma Socioambiental participou do Evento: “Financiamento da Justiça Climática: Reformar o Sistema Financeiro Global e Restaurar a Justiça” durante a COP30, em Belém
Como transformar o sistema financeiro internacional para enfrentar de fato a crise climática? Essa foi a questão central da atividade articulada durante a Cúpula dos Povos, organizada pela Plataforma Socioambiental do BRICS Policy Center em parceria com diversas organizações da sociedade civil: ActionAid Brasil, Alternativa Terrazul, Central Única dos Trabalhadores (CUT), FASE, Fundação Rosa Luxemburgo (Escritórios de São Paulo e Nova York), Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) e Rede Brasileira Pela Integração dos Povos (Rebrip).
A sessão reuniu vozes e experiências diversas para propor caminhos concretos, desafiando falsas soluções e defendendo uma transição justa que não aprofunde o endividamento do Sul Global. Participaram:
• Carolina Alves (Inesc), trazendo um panorama do financiamento climático, marcado pela baixa provisão internacional e pela crescente dívida climática;
• Claire Miranda (APMDD), apresentando como o tema do financiamento aparece nas negociações internacionais;
• David Williams (F. Rosa Luxemburgo), analisando a conjuntura do financiamento no Norte Global;
• Maureen Santos (FASE e Plataforma Socioambiental), discutindo o financiamento da justiça climática a partir de perspectivas de redistribuição e reparação;
• Priscilla Papagiannis (Rebrip), destacando a relação entre financiamento climático e comércio internacional, especialmente diante das medidas unilaterais dos países desenvolvidos.
O debate também evidenciou como regras de comércio, regimes de dívida e restrições orçamentárias limitam as respostas dos países em desenvolvimento — e reforçou que reparação histórica e financiamento climático devem caminhar lado a lado para assegurar uma transição verdadeiramente justa.
O debate contou com forte engajamento do público, que levantou questões centrais sobre como garantir que o financiamento climático chegue efetivamente à ponta — às populações mais impactadas pela crise, como comunidades locais, atingidos por barragens e por outros grandes projetos de desenvolvimento.


