Crítico das ideias de semipresidencialismo e semiparlamentarismo, o diplomata Jorio Dauster considera totalmente descabido cogitar essas possibilidades no Brasil. “Alguém imagina que um presidente eleito com 50 milhões de votos vai entregar a escolha do gabinete e a condução do governo a algum primeiro-ministro?”, questiona Dauster.

 

Ainda que considere indiscutíveis as vantagens teóricas do sistema parlamentar, o embaixador ressalta que ele só poderia funcionar no Brasil se o número de partidos baixasse para quatro ou cinco, num processo que conferisse identidade doutrinária a cada um deles segundo as noções de direita, centro e esquerda.

 

Dauster e Magna Inácio, professora de Ciências Políticas da UFMG que atuará como debatedora do evento, discutirão diferentes modelos políticos, como o parlamentarismo e semipresidencialismo, bem como os possíveis motivos do fracasso do presidencialismo no Brasil. Os convidados do próximo Foro Inteligência, no entanto, irão ainda mais longe ao propor uma solução para os problemas Presidenciais no país: o recall.

 

No atual contexto brasileiro, Dauster considera o recall político uma alternativa bastante válida. É muito usado nos EUA, não em nível federal, mas para cargos de governador, prefeito e senador. Na América Latina, a Bolívia e a Venezuela já usaram o instrumento para revalidar a permanência de eleitos para a cadeira presidencial.

 

webinar Recall e semipresidencialismo ocorrerá na quarta-feira (15/09), a partir das 19h.