Fórum de Cooperação China-África
Atualizado em dezembro de 2016
Atualizado em dezembro de 2016
Fonte: FOCAC website, Ferchen (2013), Austin Strange et al. 2013
O FOCAC é guiado por 5 princípios que incorporam o espírito da Cooperação Sul-Sul:
O FOCAC é guiado por 5 princípios que incorporam o espírito da Cooperação Sul-Sul: igualdade e benefício mútuo; diversidade em forma e conteúdo; ênfase em resultados práticos; busca de progresso comum; e acordo amigável de diferenças (FOCAC website).
Compromissos selados durante o fórum são divididos em cinco amplas áreas de cooperação, são elas:
O Investimentos Externo Direto Chinês na África por volume e distribuição
Fonte: Heritage Foundation
3.1 Agricultura
3.2 Cultural
3.3 Educação
3.4 Saúde
A proteção ambiental tem sido parte da cooperação China-África desde a formação do FOCAC em 2000. No entanto, o meio ambiente apenas se tornou um ponto focal em 2012, na 5ª Conferência Ministerial, recebendo sua própria seção em planos de ação. Uma vez que o comércio e o investimento na África aumentaram, se dará uma maior necessidade de monitorar danos ambientais e a perda de biodiversidade. O desenvolvimento e a rápida urbanização criarão uma necessidade maior de infraestrutura urbana, comida, água e empregos. A população africana é a mais suscetível à mudança climática por conta de sua vasta população, baixa qualidade do solo e escassez de água (Burgess, 2012). A África precisará balancear esforços de desenvolvimento sustentável com crescimento econômico e alívio da pobreza.
Os maiores obstáculos para o desenvolvimento bem sucedido da China e da África são os altos índices de débito da África, a desigualdade e a desaceleração econômica na China. Os altos níveis de débito e a exigência de reembolso de juros competem com o gasto público na saúde e na educação. Em diversos países africanos o nível do débito inibe o desenvolvimento social e novos projetos de infraestrutura. A tendência atual tem sido a de mover de credores tradicionais como o Fundo Monetário Internacional para credores privados, o que exclui a possibilidade de perdão de dívidas, colocando um risco ao futuro desenvolvimento africano (Walker, 2014). Ainda, a atual ajuda ao desenvolvimento social pode não alcançar as populações mais pobres para um alívio efetivo da pobreza. Estudos mostraram que a assistência flui desproporcionalmente para regiões com populações mais ricas (Briggs, 2015).
A atual desaceleração econômica na China também está prevista causar consequências aos esforços de desenvolvimento do Fórum. O crescimento lento da China já afetou os preços de commodities – principal exportação e mercado da África (Pigato; Tang, 2015).
As atuais estratégias de desenvolvimento da China e da África são altamente compatíveis: a China está trabalhando para os Dois Objetivos Centenários e a África está implementando a Agenda 2063 e seu Plano para os Primeiros 10 Anos. A África precisará diversificar seus mercados para se tornar mais competitive reduzindo sua dependência de exportação de commodities. O investimento chinês em países africanos representa uma grande oportunidade para o desenvolvimento do continente, mas precisa construer práticas melhores e considerar a sustentabilidade. Atualmente, a falta de dados confiáveis sobre Investimentos Estrangeiros Diretos chineses e assistência ao desenvolvimento para a África está dificultando uma abordagem mais compreensiva e efetiva.