Reforma da Arquitetura Financeira Internacional e Grupo de Trabalho 1 do C20 para Economias Justas, Inclusivas e Antirracistas

A atual arquitetura financeira internacional, estabelecida após a Segunda Guerra Mundial, tem sido ineficaz em lidar com a rápida evolução dos desafios de desenvolvimento e facilitar a realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Projetada por e para países desenvolvidos em uma época em que questões como mudanças climáticas, desigualdade social e crises sistêmicas recebiam pouca atenção, o sistema atual está falhando em atender às necessidades criadas pelo aumento dos riscos climáticos, pelas crescentes tensões geopolíticas, ampliação das disparidades de renda e riqueza, e enraizados preconceitos de gênero e raça.

Os países menos desenvolvidos necessitam de um financiamento justo que não crie mais dívidas ou condicionalidades, mas que atenha às reparações históricas. O tipo de financiamento que permita o avanço em direção a uma transformação econômica que seja sustentável, inclusiva e descolonizadora. Atualmente, isso poderia ser alcançado por meio da reforma das instituições financeiras multilaterais, do alívio e da resolução da dívida soberana e de uma nova arquitetura tributária internacional. Esta declaração combina prioridades e recomendações do T20 e do C20 nesses três tópicos.