Desde os anos 2000, fluxos econômicos de origem chinesa vêm provocando impactos sistêmicos que podem ser sentidos e observados em todo o mundo. Na América do Sul, esses impactos têm se traduzido na presença crescente da China como principal parceiro comercial e importante fonte de investimentos. 

Quais os impactos dos investimentos chineses no Brasil e na região? A partir de uma abordagem multinível, a pesquisa traz análises baseadas em evidências do financiamento do desenvolvimento da China nos níveis sistêmico, regional, nacional e subnacional.

Uma série de produtos destacam os instrumentos de financiamento do desenvolvimento da China, Bancos Multilaterais de Desenvolvimento (China (CDB); FOCAC; China-CELAC; Macau Forum; China Arabic States Cooperation Forum (CASCF)), efeitos sistêmicos e impactos socioambientais.

Mais especificamente, as análises são baseadas em evidências ou conselhos de políticas sobre questões relativas à relação entre salvaguardas socioambientais e financiamento do desenvolvimento

Nesta página, destacamos o monitoramento dos investimentos em nível territorial a fim de  contribuir para o estabelecimento de novos espaços de diálogos sobre políticas sobre investimentos e proteção socioambiental da China.

A dimensão da proteção socioambiental é entendida a partir da avaliação dos projetos e operações de empresas chinesas localizadas nos biomas Amazônia e Cerrado (Parte II), um panorama geopolítico da presença da China no Brasil e no mundo (Parte III), e dos fluxos comerciais do país asiático com a América do Sul (Parte IV).

Parte II

Sobre os investimentos chineses no Brasil, dimensões estratégicas e socioambientais

Investimentos chineses no Brasil

18 de março de 2020

Os grandes empreendimentos chineses no Brasil estão localizados nos biomas Cerrado e Amazônia, o que reflete as mudanças expressivas nesses territórios e no uso da terra nos últimos anos. Os investimentos no setor de energia são protagonistas, convertendo-se como principal pilar dos investimentos chineses no Brasil.

 

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China no Cerrado e Amazônia

20 de março de 2020

Os investimentos no Cerrado e na Amazônia estão distribuídos em 5 diferentes setores: Agricultura, Mineração, Automobilístico, Energia e Infraestrutura.

O setor de energia concentra 20 dos 27 investimentos mapeados e recebeu 80% dos valores dos investimentos, cerca de 16 bilhões de dólares. Em seguida, vêm o de mineração, com 10% do valor dos investimentos, e a agricultura, com 7%.

vale a pena destacar dois que são de extrema relevância para o país, as duas linhas de transmissão que conectam a Usina Hidrelétrica de Belo Monte ao Sudeste do Brasil, e que se colocam como as maiores do mundo. Cada uma delas cruza mais de 2 mil km do território nacional até os estados do Rio e de Minas Gerais.

 

 

21 de março de 2020

 No Brasil, os investimentos chineses seguem o mesmo padrão que em diversos países: o de comandar e controlar um determinado setor. Com exceção da indústria automotiva, e de alguns poucos projetos na zona franca de Manaus, a presença investidora da China na Amazônia e no Cerrado tem se concentrado na exploração de recursos minerais e energéticos em projetos de geração e transmissão de energia. – Maria Elena Rodriguez, coordenadora e pesquisadora do LACID/BPC

China no Setor Energético no Brasil

22 de março de 2020

O webinar da série “Olhares sobre os investimentos chineses” abordou os investimentos chineses no setor energético do Brasil com a participação dos especialistas Danielly Ramos (Universidade de Brasília, UNB) e Pedro Henrique Batista (Renmin University of China).

Parceria estratégica e o governo nacional

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A parceria estratégica no Brasil

18 de abril de 2020

O posicionamento do governo Bolsonaro em relação à China, é marcado por dois paradoxos que apresentavam possíveis consequências para a economia brasileira, para a base de apoio do presidente Bolsonaro e, até mesmo para a possibilidade de conclusão de seu mandato. Os paradoxos se referem à inserção internacional do Brasil, por um lado, e à consistência da coalizão que elegeu Jair Bolsonaro, por outro.

Diretrizes dos investimentos chineses

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O que são salvaguardas socioambientais?

25 de abril de 2020

As salvaguardas socioambientais e ambientais visam proteger as pessoas e os ecossistemas dos impactos negativos dos projetos de investimento. Salvaguardas são políticas, padrões e sistemas, que investigadores e financiadores implementam para prevenir e mitigar os impactos nocivos de suas atividades comerciais e industriais. As salvaguardas devem ser implementadas durante todo o ciclo do projeto, desde a identificação, desenho e preparação, passando pelo desenvolvimento e operação, até o encerramento do empreendimento. 

Os investimentos em perspectiva

14 de dezembro de 2020

Inaugurando a série de debates “Olhares sobre os investimentos chineses“, o Painel China organizou, no dia 29 de outubro de 2020, o webinar “Diretrizes Socioambientais para Investimentos Chineses no Estrangeiro”. Na ocasião, estiveram presentes Paulina Garzon (Diretora Executiva da Iniciativa para os investimentos Sustentáveis China-América Latina, IISCAL) e Julia Neiva (Coordenadora da área de Desenvolvimento e Direitos Socioambientais – Conectas Direitos Humanos).

Parte III

Sobre os aspectos geopolíticos dos investimentos chineses e seus desdobramentos globais

24 de março de 2020

Desde a adoção de sua estratégia Going Out em 1999, o governo chinês tem fornecido apoio para investimentos externos, tornando as empresas chinesas grandes atores internacionais, por meio de financiamento, garantias e incentivos fiscais.

O lançamento de Fundos Internacionais de Cooperação para alavancar a capacidade produtiva junto com iniciativas como a One Belt One Road (BRI) tem beneficiado diretamente as operações e a expansão das empresas, bem como a exportação de excedente de capital e capacidade industrial para regiões em melhores vantagens.

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Por que a transição energética chinesa importa?

19 de setembro de 2021

Para a China, o avanço da transição energética atende, simultaneamente, a dois grandes imperativos: a redução gradual da dependência de recursos energéticos importados de origem fóssil e a redução das emissões de gases de efeito estufa. Dessa forma, o país ataca, a um só tempo, a segurança energética – encarada como questão de segurança nacional pela China – como também realiza um esforço de combate às mudanças climáticas, galgando seu espaço nas negociações internacionais do clima e buscando reduzir sua vulnerabilidade aos potenciais efeitos de mudanças climáticas. – Cândido Grinsztejn para o blog BPC em Por que a transição energética chinesa importa?

20 de setembro de 2021

Na terceira edição da série “Olhares sobre os investimentos chineses”, realizada no dia 03 de dezembro de 2020, o Painel China discutiu um pouco mais sobre a infraestrutura da tecnologia 5G no Brasil. Estiveram presentes Esther Majerowicz (Professora Adjunta do Departamento de Economia e colaboradora no Programa de Pós-Graduação em Economia – PPECO – da UFRN) e Thiago Lopes (Diretor regional Norte/Nordeste Huawei).

Parte IV

Sobre os fluxos comerciais entre a China e América do Sul

Mapa de Influência Econômica: China – América do Sul

24 de março de 2021

Na plataforma do Painel China, a terceira ferramenta é o Mapa de Influência da China na América Latina, que apresenta um índice de influência gerada a partir de um fluxo total de comércio dos países da América do Sul com a China.

Ainda, na seção, se encontra um panorama visual de três níveis de influência da China, gerado a partir de um fluxo total de comércio dos Estados sul – americanos, levando em conta a quantidade de parceiros comerciais e comparações de fluxos totais de comércio, com os chineses.

Assim, é viável visualizar essa dinâmica na coloração do mapa e o percentual de influência clicando nos botões ou sobre cada país.

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O processo de reprimarização do comércio da América Latina - Paulo Esteves, coordenador e pesquisador do LACID

25 de março de 2021

O impacto da China ajuda a compreender o processo de reprimarização da economia brasileira. Se, por um lado, há uma pressão direta na pauta de exportações, por outro, a pressão da China apareceria na perda de competitividade dos produtos brasileiros em terceiros mercados, como os Estados Unidos, a Europa e mesmo nos países da região. Tal fenômeno foi observado também em outras economias da América Latina, como Argentina e México.

Parte V

Sistemas nacionais de proteção socioambiental